terça-feira, 14 de agosto de 2012

O RadarSAPO e a mediocridade de dois "twiteiros"...

O RadarSAPO deu destaque à imbecilidade de dois ignorantes: Paulo Abreu e João Caetano Dias. Não sei se a ideia era ridicularizar os autores ou denegrir a formação e a (in)cultura de massas da nossa juventude.
A estupidez e a mediocridade deveriam ser puníveis.
Eu não sou crente e por isso não acompanho as questões religiosas. Porém, como não sou fundamentalista da anti-religiosidade, leio as notícias, artigos e comentários de todos, sejam crentes ou não, e tento perceber aquilo que se diz, seja qual for a ideologia do autor.
Segundo me parece, um arcebispo disse, ontem, em Fátima, que era necessária “uma maratona de amor contra o capitalismo selvagem”.
Eu, que não sou ovelha do seu rebanho, concordo fielmente, entendo as suas palavras e agradeço-as.
Inclusive, acho estas palavras curiosas porque mostram como os tempos mudaram e as ideologias, sobretudo as de esquerda, apodreceram e viraram uma palhaçada.  Se estas palavras fossem ditas há cinquenta anos não faltaria quem ligasse o arcebispo às ideias de marxistas contra o capitalismo e apelidasse o dito prelado de comunista.
Hoje não acontece isso porque a sociedade portuguesa (e ocidental) não passa de uma massa informe e difusa de ignorantes, estúpidos e medíocres. Dá vontade de rir quando se escutam os mosqueteiros da política falar no aumento da escolaridade e fazem um paralelo com a instrução e cultura, quando uma coisa nada tem a ver com a outra.  Cada vez temos mais ignorantes, mais inúteis, mais palermas, mais medíocres… numa expressão mais simples: cada vez temos mais burrice e estupidez mas mais escolarizada (à custa dos nossos impostos).
Basta ler estas duas citações do SAPO, para perceber como a ignorância é uma tragédia nacional e o principal entrave ao progresso do nosso país.
O primeiro ignorante citado pelo RadarSAPO, de nome Paulo Abreu,  parece espantado ou assustado. Ele, incapaz de interpretar uma afirmação, não entendeu as palavras do arcebispo (que eu não ouvi, mas tomo o que li por fidedigno), nem percebeu quanto elas são incisivas como absolutamente válidas.  Num tempo em que o capitalismo selvagem reduz o Ser Humano a um animal domesticado para trabalhar e consumir, só a fraternidade entre os humanos permitirá amenizar as consequências do impacto desse capitalismo selvagem (quero dizer mesmo: “não civilizado”, “animalesco”, “própria de uma selva”).
O segundo ignorante, ou mais estúpido ou mais perigoso, assinado como João Caetano Dias, não passa de um tarado que liga o amor fraternal ao sexo. Para uma besta destas, amor e sexo são sinónimos. Imagino a noção dele de amor pelas crianças, pelos pais, pelos necessitados…
Pessoas com este tipo de taras e com tal ignorância, se não podem ser educadas que sejam presas, pois a sociedade merece segurança.
Da minha parte, não espere o arcebispo que eu contribua para as suas missas, mas conte com a minha aprovação e o meu “muito obrigado”, sempre que as suas palavras tiverem este nível de profundidade e de importância.
Quanto  às afirmações ridículas destes dois “twitteiros”, conheço um aforismo que lhes assente que nem uma luva: «Vozes de burro não chegam ao céu».