
Claro que nutro um certo apreço pelo povo do Brasil.
Para ser sincero, as brasileiras agradam-me mais do que os
brasileiros… Óbvio, não!
Aliás, as brasileiras são as mulheres mais sensuais e belas
que conheci até hoje. Isto é apenas mais um motivo para a minha indignação.
Li no “Expresso”, há já uns tempos, o seguinte:
“Mundial e Jogos Olímpicos expulsam 170 mil brasileiros de
casa
Pelo menos 170 mil pessoas estão a ser desalojadas no Brasil
para permitir a construção de estádios, estradas e hotéis para o Mundial-2014 e
Jogos Olímpicos-2016.
ONU acusa autoridades brasileiras de violarem os Direitos
Humanos.
(…) desde 2011 em 12 cidades brasileiras, estão a expulsar
milhares de pessoas das suas casas e estabelecimentos comerciais, deitados
abaixo de maneira arbitrária.
Já no ano passado, a relatora especial da ONU para a Moradia
Adequada, Raquel Rolnik, acusou as autoridades das cidades brasileiras que vão
receber o Mundial em 2014 (…)de realizar desalojamentos forçados que poderiam
constituir violações dos Direitos Humanos. Opinião partilhada pela Amnistia
Internacional.
(…) Outra voz que se levantou em defesa dos desalojados foi
a do deputado Romário de Souza Faria. O antigo ídolo da selecção brasileira de
futebol, durante uma sessão no Parlamento em agosto de 2011, abordou a questão
das desapropriações para a realização das obras, afirmando que "há
denúncias e queixas sobre a falta de transparência (…) Isto é inadmissível!"(…) “Também não
podemos admitir, sob qualquer pretexto, que os nossos cidadãos sejam
surpreendidos por retroescavadoras que aparecem de repente para desalojá-los,
destruir as suas casas, como acontece na Palestina ocupada.”
(…) Num artigo de opinião (…) frei Beto, escritor e
religioso dominicano que foi assessor do Presidente Lula da Silva e coordenador
de Mobilização Social no programa Fome Zero, afirmou: "Abram alas à FIFA!
Cerca de 170 mil pessoas serão removidas das suas moradias para que se
construam os estádios. E quem garante que serão devidamente
indemnizadas?".
Pois é!
Os ladrões estão em todo o lado, no Brasil, em Bruxelas, na
troika, na União Europeia, etc.
E, não adianta falar mal dos governantes do Irão, do
Afeganistão ou da Síria.
É hipócrita verberar contra os regimes que perpetuam os
governantes no poder (alguns dos quais foram alvos do plano internacional
chamado “primavera árabe”), acusando-os de não respeitar os Direitos Humanos.
Aqui está a prova de que as democracias de inspiração “ocidental” fazem
exactamente o mesmo.
Posso afirmar mesmo:
Khadafi foi bem mais respeitador do seu povo do que os
órgãos de soberania do Brasil. Tenho que dizer os órgãos de soberania, pois o
governo, a “presidenta” (palerma até na questão linguística) e os tribunais,
tinham muito a aprender com Khadafi e não são mais honestos nem
respeitadores dos Direitos do Homem do que ele