
O Sr. Dr. Passos Coelho, pessoa que nada estimo e com quem
não simpatizo, acabou de expressar o mais vil desprezo pela democracia e pelos
portugueses, incluindo os que o elegeram.
A essência base da democracia é governar para o bem
(bem-estar, o progresso, a felicidade, o desenvolvimento) do povo. Quem não governa para o bem do povo é um
anti-democrata. Todo o governante que não sobrepõe o bem do seu povo a interesses internacionais, corporativos ou ditados
em função de conveniências, em que o povo é apenas parte de uma população estatística
ou um número numa expressão matemática, tal governante, repito, é um ditador
obsceno e um assassino da democracia.
Nesta Europa de democracias caricatas e contrafeitas, a
única sanção que atinge estes ditadores
obscenos e imundos é o plebiscito popular: a não reeleição. Quem é reprovado na
sua governação, por via de regra, significa que os seus actos são tão avessos à
democracia como invisíveis para a justiça.
Quando o povo reprova um governante é sinal que esse
governante não respeitou o mais básico princípio da democracia: velar pelo bem
desse povo.
O Sr. Dr. Passos Coelho tem a cara de pau de dizer que não
está interessado na democracia, nem do povo, nem no compromisso com o
bem-estar, a dignidade, o progresso, a felicidade, a existência condigna e respeitável
dos seus concidadãos, incluindo aqueles que acreditaram no compromisso da sua
“palavra”. Incrivelmente esta Sr. ainda tem a prosa de dizer (interpretando as
suas palavras): “que se lixe o julgamento que os portugueses de mim façam, eu é
que mando, eu é que decido e não estou preocupado com aquilo que o povo pensa e
sente, muito menos estou preocupado com a democracia.”
Em vez da cumprir o que há de mais básico na democracia,
este Sr. decidiu que estava mais interessado em “Portugal”. Para este Sr., Portugal
não é a Pátria Portuguesa. Não é um povo, uma cultura e um território, mas
resume-se à visibilidade no desempenho de um conjunto de acordos e tratados com
entidades (algumas delas muito pouco recomendáveis na esfera das democracias) e
na defesa de um conjunto de interesses estrangeiros.
O Sr. Dr. Passos Coelho (e com ele todo o governo) é apenas
mais um ditador militante dum neo-fascismo abominável que corre os países do Ocidente,
ou então é um partidário acérrimo do
nazismo-pós-moderno da Sra. Merkel.
Uma coisa é certa: sacrificar o seu povo para manter ou
salvar uma moeda moribunda (euro) e uma “União” Europeia falhada, é uma atitude
de governantes lunáticos, dementes e ditadores.
Tenho tanta legitimidade como o Sr. Dr. Passos Coelho para
dizer:
Que se lixe o governo!
Comigo não conte. Em TUDO o que eu puder safar-me dos
horrores desta ditadura, fá-lo-ei com o mais elevado sentido patriótico e democrático.
* A foto foi gamada na Internet. Quem se sentir lesado que reclame. O máximo que posso fazer é devolver à precedência.